21 de Janeiro de 2021
Apresentação no Rio de Janeiro do Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo alerta sobre o “hiperextremismo”
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16/11/2016 14:13 - Atualizado em 16/11/2016 14:17
Por: Redação
Apresentação no Rio de Janeiro do Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo alerta sobre o “hiperextremismo” 0
No sábado, dia 19 de novembro, o Relatório Liberdade Religiosa no Mundo será apresentado no auditório da Igreja Nossa Senhora de Copacabana, às 10h, com a presença de Dom Roque, Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e presidente da comissão de ecumenismo e diálogo inter-religioso; do Padre Fábio (Pe. Fabão), presidente do CONIC – Conselho Nacional da Igreja Cristã; e do Diácono Nelson Águia, representante oficial da comissão de ecumenismo e diálogo inter-religioso, que irão abordar uma análise que compreende o período entre junho de 2014 e junho de 2016 e avalia a situação da liberdade religiosa em 196 países, incluindo o Brasil. O estudo baseia-se em pesquisas de jornalistas, acadêmicos e clérigos.
Na ocasião, haverá mesa-redonda com a presença do padre Emmanuel Yousaf, da Diocese de Lahore, no Paquistão, diretor nacional da Comissão de Justiça e Paz do Paquistão e membro da Pax Christi Internacional. Padre Yousef foi indicado para participar do encontro pela diretoria de projetos da Fundação Pontifícia Ajuda a Igreja que Sofre, na Alemanha, pelo trabalho e atuação no diálogo inter-religioso não apenas no Paquistão, mas também na Europa.
Unindo-se aos apelos para que a atuação do grupo Estado Islâmico seja reconhecida como genocídio, o relatório aponta os ataques do “hiperextremismo” islâmico como o principal fator contra a liberdade religiosa, sendo responsáveis pela repressão religiosa em um a cada cinco países do mundo: da Austrália à Suécia, assim como em 17 países africanos. Em algumas partes do Oriente Médio, como no Iraque e na Síria, esse hiperextremismo está eliminando as formas de diversidade religiosa e ameaça fazê-lo também em partes dos continentes africano e asiático.
As características-chave do "hiperextremismo islâmico" incluem tentativas sistemáticas de expulsar todos os grupos dissidentes, incluindo os moderados, com grau de crueldade sem precedentes, alcance global e o uso efetivo das mídias, enaltecendo a violência. Contrariando a visão popular de que os governos são os principais responsáveis pela perseguição, o levantamento aponta o "hiperextremismo islâmico" como a causa do deslocamento maciço de pessoas que fogem de países como o Afeganistão, a Somália e a Síria, atingindo o número recorde de 65,3 milhões de refugiados no mundo, segundo a ONU.
Mas nem todos os problemas ligados à liberdade religiosa se relacionam com o "hiperextremismo islâmico". O estudo denuncia uma "repressão renovada" dos grupos religiosos denunciados na China e no Turcomenistão e uma negação contínua dos direitos humanos para fiéis da Coréia do Norte e Eritréia. No entanto, o relatório constatou que a situação melhorou durante o período em análise em países como o Butão, o Egito e o Catar, que possuíam histórico de violações da liberdade religiosa.
Cristo Redentor abraça a liberdade religiosa
A Arquidiocese do Rio de Janeiro, em parceria com a Ajuda à Igreja que Sofre (ACN-Brasil), iluminou o monumento ao Cristo Redentor com a cor vermelha, na terça-feira, dia 15 de novembro, das 19h30 às 20h30, em referência ao lançamento do Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo, que alerta para o impacto global de um novo fenômeno de violência religiosa, denominada "hiperextremismo" e tem como objetivo chamar a atenção para esta tentativa generalizada de substituir o pluralismo por uma monocultura religiosa.
Sobre a ACN (Ajuda à Igreja que Sofre)
A ACN é uma Fundação Pontifícia com sede no Vaticano, que presta auxílio indiretamente a mais de 60 milhões de pessoas, em cerca de 140 países, incluindo o Brasil. Os projetos auxiliados pela ACN englobam a produção e distribuição de material catequético, construção e reconstrução de Igrejas; locomoção e transporte para religiosos e missionários; recuperação de jovens dependentes químicos; construção de escolas e casas; alimentação, medicamentos, agasalho e abrigo para refugiados.
A ACN surgiu em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, quando o padre holandês, Werenfried van Straaten, sofrendo ao ver a miséria em que viviam os alemães derrotados e expulsos, começou na Bélgica a pedir ajuda para enviar ao povo alemão. Apesar de uma Europa dizimada pela guerra, o apelo à solidariedade do Pe. Werenfried ecoou, e milhares de pessoas passaram a ajudá-lo com o que tinham. Nascia naquele momento a obra: a Kirche in Not, numa livre tradução para o inglês, Aid to the Church in Need (ACN), daí para o português, Ajuda à Igreja que Sofre (ACN-Brasil). À medida que o auxílio aumentava, a ACN se tornava conhecida e os Papas pediam que a obra se expandisse, não apenas para aqueles que passavam necessidades por conta da guerra, mas para todos os que sofriam por viver a sua fé.
Foto: Arquivo
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